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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mulheres debatem ações para promover autonomia e igualdade de gênero - 20/12/11

3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres reune 2 mil mulheres em Brasília


Mais de duas mil participantes – entre elas representantes petistas – reuniram-se por quatro dias em Brasília para debater políticas públicas


Mais de duas mil mulheres se reuniram em Brasília durante a 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, realizada nos dias 12 a 15 de dezembro. O encontro reuniu representantes de todos os estados, escolhidas em conferências estaduais e municipais, para debater políticas públicas que promovam igualdade de gênero e autonomia para as mulheres.
“As delegadas confirmaram a importância de um conjunto de políticas que configure o programa nacional de autonomia econômica, financeira e pessoal das mulheres brasileiras”, afirmou a ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres.
As resoluções votadas e aprovadas durante a Conferência serão sistematizadas, compiladas e conduzidas pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) e pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) aos órgãos compatíveis e competentes.
As mulheres petistas também participaram da Conferência. De acordo com a Secretaria Nacional de Mulheres do PT, Laisy Morière, a reforma agrária e as políticas para promoção da independência financeira das mulheres são pontos fundamentais para o avanço da igualdade de gêneros no país.
“Vamos criar uma rede para que as mulheres possam ser inserir no mercado de trabalho, primeiro de maneira digna. Segundo, ganhando o mesmo valor que ganha um homem para que ela possa ter sua autonomia econômica, política, social e cultural, e que ela possa cada vez mais intervir na sociedade” explicou Laisy.
Presidenta Dilma e a chilena Michelle Bachelet participaram da abertura
A abertura da Conferência teve a presença da presidenta Dilma Rousseff e da ex-presidenta do Chile, Michelle Bachelet, que atualmente é a diretora-executiva da ONU Mulheres.
Confira o áudio completo do discurso da presidenta Dilma e de Michelle Bachelet.


http://www.pt.org.br/noticias/view/mulheres_debatem_acoes_para_promover_autonomia_e_igualdade_de_genero

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Passeata encerra campanha da não violência contra a mulher

Manifestantes seguiram pela rua Duque de Caxias
Autoridades municipais prestigiaram evento



Adesivos no peito, laços e bexigas lilás deram o tom de passeata realizada na manhã deste sábado (26), em Araçatuba. Cerca de 150 pessoas participaram do ato, que teve início na praça João Pessoa, passou pela rua Duque de Caxias, Calçadão da Princesa Isabel e terminou na praça Rui Barbosa. A caminhada encerrou uma série de atividades da Campanha da Não Violência Contra a Mulher, iniciada na terça-feira (22).


O evento foi uma realização da Prefeitura de Araçatuba, por meio da Secretaria Municipal de Participação Cidadã, e do Conselho Municipal da Mulher. Teve ainda apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio do Centro de Referência da Mulher. Participaram do evento deste sábado o prefeito Cido Sério, a presidente do Conselho da Mulher, Fernanda Luise Balsalobre, e a vereadora Durvalina Garcia.


Também marcaram presença os secretários municipais Alex Lapenta (Participação Cidadã) e Cidinha Lacerda (Assistência Social), que falou da importância da campanha: “Este é um movimento de conscientização. É responsabilidade de cada um de nós conscientizar a todas as mulheres a não silenciarem diante da agressão” .

Durante a trajetória entre as praças João Pessoa e Rui Barbosa, os manifestantes empunhavam uma faixa com a seguinte inscrição: “Quem bate em mulher em mulher machuca a família inteira”. Ao fim da passeata, o grupo deu um abraço simbólico na fonte da praça Rui Barbosa. A caminhada fez alusão ao Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, celebrado nesta sexta-feira (25). 

Secretaria de Comunicação Social – SMCS
Prefeitura Municipal de Araçatuba – PMA
(18) 3607-6611
www.aracatuba.sp.gov.br

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Araçatuba avança na luta contra a exploração da mulher - 25/10/11

O dia 25 de outubro é internacionalmente comemorado como o Dia contra a Exploração da Mulher, data instituída pela Organização das Nações Unidas –ONU para chamar atenção para o tema. A ONU também criou uma convenção específica sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, em 1981, que foi adotada pela Assembleia Geral.

Muitas ações têm sido desenvolvidas para erradicar qualquer tipo de violência contra a mulher. Porém, autoridades que trabalham na área dizem que ainda não é o suficiente. “Não podemos nunca interromper as iniciativas que combatem esta violência, pois todos os dias vemos novos casos, seja perto da gente ou na mídia”, diz o prefeito Cido Sério.

MULHERES
Pensando nisto, a Prefeitura de Araçatuba, por meio da Secretaria Municipal de Participação Cidadã (SMPC) e seu Departamento de Afirmação de Direitos, realiza um trabalho que tem como principal característica, discutir permanentemente as políticas públicas para a mulher.

Em parceria com o Governo Municipal, entidades de classes, como centrais sindicais e sociedade civil organizada, criaram em março de 2011 o Fórum Araçatubense de Mulheres (FAM). A ideia de se criar o fórum das mulheres na cidade surgiu pela necessidade de se defender os direitos das mulheres, que é uma das prioridades da atual administração pública.

Neste Fórum participam mulheres da comunidade, usuárias ou não dos equipamentos como CRAS, CREAS, CRM e entidades de classes sindicais, poder público executivo e legislativo em parceria com as ONGs, criando assim uma rede. Graças ao FAM, atualmente está sendo possível se discutir mais facilmente sobre as políticas públicas e afirmações de direitos em união com toda sociedade.

BLOG
Devido ao sucesso do Fórum, uma rede de proteção das mulheres de Araçatuba foi criada por meio de um blog, no endereço redemulheraracatuba.blogspot.com. No blog, são divulgadas matérias sobre a Coordenadoria da Mulher, reuniões realizadas pelo Fórum e assuntos de relevância para as mulheres, onde toda a população pode postar comentários sobre os temas publicados ou proporem novas ideias para serem discutidas.

ENCONTROS
Os encontros do FAM acontecem uma vez por mês, com aviso para todas as participantes e convites abertos a toda sociedade pelo site da Prefeitura Municipal de Araçatuba. Elas acontecem na maioria das vezes em uma sala de reuniões, onde fica localizada a sede da Renda Cidadã, na Rua Quinze de Novembro, nº 275, no Centro, ao lado do Museu Cândido Rondon.

CONVITE
A Prefeitura Municipal e a Secretaria de Participação Cidadã convidam a todas as mulheres para comparecerem a 4º Reunião do FAM, que será no dia 29 de novembro, com lugar ainda não definido. Ressaltando que a participação da população é muito importante para dar continuidade ao maravilhoso serviço prestado pelo Fórum, já que se trata de assuntos relacionados à melhoria da qualidade de vida da mulher.

Secretaria Municipal de Comunicação Social – SMCS
Prefeitura Municipal de Araçatuba – PMA
(18) 3636-1260
www.aracatuba.sp.gov.br

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

FAM debate políticas públicas para as mulheres

 
O aperfeiçoamento das políticas públicas para as minorias é um grande desafio para a Prefeitura de Araçatuba, que vem buscando sempre investir em ações de organização visando estimular e participar de forma livre, ativa e moderna, no dia-a-dia da população. O Orçamento Participativo e as Conferências Municipais são exemplos visíveis de participação que superam o modelo imposto historicamente.

Com isto, estão sendo desenvolvidas diversas ações de mobilização, que sensibilizem e promovam debates com o intuito de fortalecer segmentos historicamente excluídos. Um desses grupos é o da mulher.

MULHERES
Pensando nisto, a Prefeitura de Araçatuba, por meio da Secretaria Municipal de Participação Cidadã (SMPC) e seu Departamento de Afirmação de Direitos, realiza um trabalho que tem como principal característica, discutir permanentemente as políticas públicas para a mulher.

Em parceria com o Governo Municipal, entidades de classes como centrais sindicais e sociedade civil organizada, foi criado em março de 2011 o Fórum Araçatubense de Mulheres (FAM). A ideia de se criar o fórum das mulheres na cidade, surgiu pela necessidade de se defender os direitos das mulheres, que é uma das prioridades da atual administração pública.

Neste Fórum temos a participação de mulheres da comunidade usuárias ou não dos equipamentos como CRAS, CREAS, CRM e entidades de classes sindicais, poder público executivo e legislativo em parceria com as ONGs, criando assim uma rede. Graças ao FAM, atualmente está sendo possível se discutir mais facilmente sobre as políticas públicas e afirmações de direitos em união com toda sociedade.



BLOG

Devido ao sucesso do Fórum, uma rede de proteção das mulheres de Araçatuba foi criada por meio de um blog, no endereço redemulheraracatuba.blogspot.com. No blog, são divulgadas matérias sobre a Coordenadoria da Mulher, reuniões realizadas pelo Fórum e assuntos de relevância para as mulheres, onde toda a população pode postar comentários sobre os temas publicados ou proporem novas ideias para serem discutidas.

ENCONTROS
Os encontros do FAM acontecem uma vez por mês, com aviso para todas as participantes e convites abertos a toda sociedade pelo site da Prefeitura Municipal de Araçatuba. Elas acontecem na maioria das vezes em uma sala de reuniões, onde fica localizada a sede da Renda Cidadã, na Rua Quinze de Novembro, nº 275, no Centro, ao lado do Museu Cândido Rondon.

A terceira reunião do Fórum Araçatubense das Mulheres foi realizada na última quarta-feira (18), às 18h30, e contou com a presença de aproximadamente 56 mulheres, muitas delas acompanhadas de seus maridos. Os encontros não são direcionados apenas a mulheres maduras, mas também meninas que são levadas pelas mães, e acabam também participando dos debates.

CONVITE
A Prefeitura Municipal e a Secretaria de Participação Cidadã convidam a todas as mulheres para comparecerem a 4º Reunião do FAM, que será no dia 29 de novembro, com lugar ainda não definido. Ressaltando que a participação da população é muito importante para dar continuidade ao maravilhoso serviço prestado pelo Fórum, já que se trata de assuntos relacionados à melhoria da qualidade de vida da mulher.

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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A importância do Fórum Araçatubense da Mulher - Secretaria de Comunicação Social – SMCS

O aperfeiçoamento das políticas públicas para as minorias é um grande desafio para a Prefeitura de Araçatuba, que vem buscando sempre investir em ações de organização visando estimular e participar de forma livre, ativa e moderna, no dia-a-dia da população. O Orçamento Participativo e as Conferências Municipais são exemplos visíveis de participação que superam o modelo imposto historicamente.

Com isto, estão sendo desenvolvidas diversas ações de mobilização, que sensibilizem e promovam debates com o intuito de fortalecer segmentos historicamente excluídos. Um desses grupos é o da mulher.

MULHERES
Pensando nisto, a Prefeitura de Araçatuba, por meio da Secretaria Municipal de Participação Cidadã (SMPC) e seu Departamento de Afirmação de Direitos, realiza um trabalho que tem como principal característica, discutir permanentemente as políticas públicas para a mulher.

Em parceria com o Governo Municipal, entidades de classes como centrais sindicais e sociedade civil organizada, foi criado em março de 2011 o Fórum Araçatubense de Mulheres (FAM). A ideia de se criar o fórum das mulheres na cidade, surgiu pela necessidade de se defender os direitos das mulheres, que é uma das prioridades da atual administração pública.

Neste Fórum temos a participação de mulheres da comunidade usuárias ou não dos equipamentos como CRAS, CREAS, CRM e entidades de classes sindicais, poder público executivo e legislativo em parceria com as ONGs, criando assim uma rede. Graças ao FAM, atualmente está sendo possível se discutir mais facilmente sobre as políticas públicas e afirmações de direitos em união com toda sociedade.

BLOG
Devido ao sucesso do Fórum, uma rede de proteção das mulheres de Araçatuba foi criada por meio de um blog, no endereço redemulheraracatuba.blogspot.com. No blog, são divulgadas matérias sobre a Coordenadoria da Mulher, reuniões realizadas pelo Fórum e assuntos de relevância para as mulheres, onde toda a população pode postar comentários sobre os temas publicados ou proporem novas ideias para serem discutidas.

ENCONTROS
Os encontros do FAM acontecem uma vez por mês, com aviso para todas as participantes e convites abertos a toda sociedade pelo site da Prefeitura Municipal de Araçatuba. Elas acontecem na maioria das vezes em uma sala de reuniões, onde fica localizada a sede da Renda Cidadã, na Rua Quinze de Novembro, nº 275, no Centro, ao lado do Museu Cândido Rondon.

A terceira reunião do Fórum Araçatubense das Mulheres foi realizada na última quarta-feira (18), às 18h30, e contou com a presença de aproximadamente 56 mulheres, muitas delas acompanhadas de seus maridos. Os encontros não são direcionados apenas a mulheres maduras, mas também meninas que são levadas pelas mães, e acabam também participando dos debates.

CONVITE
A Prefeitura Municipal e a Secretaria de Participação Cidadã convidam a todas as mulheres para comparecerem a 4º Reunião do FAM, que será no dia 29 de novembro, com lugar ainda não definido. Ressaltando que a participação da população é muito importante para dar continuidade ao maravilhoso serviço prestado pelo Fórum, já que se trata de assuntos relacionados à melhoria da qualidade de vida da mulher.

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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CUT DEBATE PARIDADE ENTRE HOMENS E MULHERES

Crédito: CUT

CUT

Na tarde de quinta-feira (6), a 13ª Plenária Nacional da Central Única dos Trabalhadores, que ocorre deste terça-feira (4) em Guarulhos-SP, em seu segundo dia de aprovação das emendas para a composição do Plano de Lutas, aprovou que o tema paridade entre mulheres e homens na ocupação de cargos na direção da CUT Nacional e das Estaduais passa a ser prioridade nos debates a partir de agora, sinalizando que a paridade pode ir a voto no 11º Congresso Nacional, que acontece no ano que vem.

A decisão foi tomada por consenso entre as cinco correntes políticas - Articulação, CSD, O Trabalho, Articulação de Esquerda e Tendência Marxista -, que construíram texto conjunto. "Estamos no início de um processo de debate sobre a paridade", explicou Rosane da Silva, secretária nacional da Mulher Trabalhadora, após ler o texto aprovado para o plenário.

"Tenho a expectativa e quase a certeza de que a paridade dentro da nossa central será aprovada no próximo Congresso. Quando a gente quer, a gente constrói. E é a vontade política que nos fará avançar", defendeu Carmem Foro, secretária de Meio Ambiente da CUT e integrante da corrente Articulação. Carmem reconheceu que o debate não foi travado nas Plenárias Estaduais que antecederam o encontro e que por isso seria preciso discutir mais amplamente.

Para Angela Maria Melo, presidenta do Sindicato dos Educadores de Sergipe, a luta por uma sociedade justa e igualitária é feita por homens e mulheres, portanto é inadmissível que a mulher tenha um papel secundário nos espaços de poder. "Todos/as precisam compreender que justiça social se faz com homens e mulheres.", completou.

Julio Turra defendeu a intensificação do debate sobre paridade na base a partir desta 13ª Plenária para que seja construída uma proposta consistente. "A tradição cutista é de aceitar sem pressão todos os pontos de vista, por isso é importante também aceitar o contraditório quando ele aparecer. Mas o principal é o entendimento de que a construção da luta da central é feita por homens e mulheres desde a Comissão Pró-CUT", ponderou. Para ele, homens e mulheres precisam estar juntos em todas as lutas, tal como a luta contra a criminalização do aborto.

De acordo com Marlei Fernandes Carvalho, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Paraná, o debate na direção da CUT e nas demais estaduais ampliará a reflexão sobre outras desigualdades que as mulheres vivem na sociedade, como, por exemplo, a desigualdade salarial, no qual as mulheres recebem, em média, 30% a menos que os homens que ocupam o mesmo cargo.

"Dividir os espaços de poder é uma questão de direito e conquista, e não de concessão. Queremos fazer parte, mesmo que seja pela regra, da construção do socialismo, que é o maior objetivo de todos/as cutistas", disse Marlei.

"Precisamos garantir que a nossa Central, a Central Única dos Trabalhadores, seja a primeira a garantir essa paridade. Aprovar esse debate na CUT é dar um exemplo para a sociedade brasileira", defendeu Maria de Fátima Veloso, ao reconhecer que ainda falta bastante para que as entidades sindicais assegurem de fato o mesmo direito entre homens e mulheres.


Fonte: Isaías Dalle e Tatiana Melim - CUT

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

SPM pede suspensão da propaganda da Hope ao Conar - Data: 27/09/2011

"Hope ensina" é a campanha da empresa que "ensina" como a sensualidade pode deixar qualquer homem "derretido". Nela, a modelo Gisele Bundchen estimula as mulheres brasileiras a fazerem uso de seu "charme" (exposição do corpo e insinuações) para amenizar possíveis reações de seus companheiros frente a incidentes do cotidiano.

Desde que foi ao ar, no último dia 20, a Ouvidoria, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), recebeu reclamações de indignação a respeito da propaganda e enviou dois ofícios. Um ao Conar, pedindo a suspensão da propaganda, com base nos arts. 19 a 21 do Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária, e do art. 30, II, do Regimento Interno do Conselho de Ética (RICE). O outro, ao diretor na Hope Lingerie, Sylvio Korytowski, manifestando repúdio à campanha.

A propaganda promove o reforço do esteriótipo equivocado da mulher como objeto sexual de seu marido e ignora os grande avanços que temos alcançado para desconstruir práticas e pensamentos sexistas. Também apresenta conteúdo discriminatório contra a mulher, infringindo os arts. 1° e 5° da Constituição Federal.

Comunicação Social

domingo, 4 de setembro de 2011

A reforma do Estatuto do PT aconteceu em clima de comoção na segunda noite (2) do 4º Congresso Nacional do PT e garantiu maior participação das mulheres na política.

 

O Partido aprovou por maioria indiscutível a paridade de gênero, prevendo participação feminina de 50% na composição das direções, delegações, comissões e cargos com funções específicas de secretarias.

Com um discurso emocionado a deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) recordou a luta das mulheres petistas para conquistar espaço na política. “Alô mulherada! Esperamos 20 anos! Agora estamos aqui agradecidas aos companheiros e companheiras que souberam compreender a luta das mulheres dentro do PT. Mulheres do campo e da cidade, mulheres indígenas, brancas e negras que construíram esse Partido. Nós mulheres amanhã estaremos nas ruas dizendo que mais uma vez o PT diz sim para as mulheres”, exaltou.

A secretária nacional da juventude da Presidência da República, Severine Macedo, lembrou que o PT foi o Partido precursor ao estabelecer a cota de 30% de mulheres na direção do Partido. “Essa luta foi travada a muitos anos, primeiro aprovando a cota de 30% para as mulheres, o que qualificou muito a participação das mulheres nos espaços do PT. E o partido sai na frente mais uma vez, reconhecendo que tem que ter uma aposta igualitária entre homens e mulheres, cavando espaços de poder, espaços de decisão. O PT sai ganhando e com o PT ganhando, ganha a sociedade brasileira”, afirmou.

A militante Marccella Berte diz que o PT constrói e se aplica na sociedade. “Acho que a participação das mulheres e a garantia de paridade é essencial para que a gente equipare uma realidade que já se dá na sociedade no partido político . Não nascemos prontas, mas acho que as mulheres tem um poder imenso de dirigir o Partido, dirigir a política e mudar o país”.

A secretária nacional de Mulheres do PT, Laisy Morière, se emocionou ao relembrar a luta das mulheres no Partido ao longo dos 31 anos. “Estou muito emocionada porque essa é uma vitória das mulheres. Agora nós temos um desafio de formar as mulheres do PT para que elas possam estar nas direções representando o PT cada dia melhor e mais conscientes do que estão fazendo”, disse.

A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, ressaltou que o PT é um partido igualitário. “O PT quer igualdade para toda sociedade brasileira e ele começa em casa, e igualdade começa mesmo em casa e com respeito. As mulheres do PT construíram muitas vitórias e inclusive a vitória tão bonita e histórica de Dilma Rousseff presidenta da República. Hoje nós demos um passo muito importante, a paridade do PT vai ter grande influência no parlamento e na sociedade brasileira como um todo. Estou vibrando com essa vitória”.

Para a deputada federal Janete Pietá (PT-SP), o PT avança novamente enquanto Partido. “A paridade significa um grande avanço, uma inovação. O PT continua sendo o precursor de todos os projetos que trabalham o fim da desigualdade. Agora nossa tarefa é organizar junto à Direção Nacional a construção dessa paridade”.
A deputada federal Fátima Bezerra (PT-RN) acredita que a iniciativa do PT em ampliar os espaços de participação das mulheres terá influência no país. “Vamos celebrar uma conquista que tem um caráter de cunho social político muito importante para a vida organizativa do nosso Partido. Essa decisão histórica que o PT acaba de tomar vai influenciar diretamente na luta a nível nacional para que tenhamos mais mulheres na política, porque lugar de mulher é na política, é no poder”.

(Gabriella Gualberto – Portal do PT)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Araçatuba discute políticas públicas para mulheres - 30/08/11

Implantar e melhorar as políticas públicas para as minorias tem sido um desafio para a Prefeitura de Araçatuba, que tem investido em ações de organização com o objetivo de estimular a participar de forma ativa, livre e criativa. O Orçamento Participativo e as Conferências Municipais são exemplos concretos de participação que superam o modelo imposto historicamente.
Empossado na semana passada, o Conselho Municipal da Mulher realizou, na manhã desta terça-feira (30), a 1ª Conferência Municipal da Mulher, no Teatro Municipal Paulo Alcides Jorge. O prefeito Cido Sério, a secretária de Assistência Social, Cidinha Lacerda, a vereadora Durvalina Garcia, representantes da sociedade civil, ONGs (Organizações Não Governamentais), sindicatos e movimentos sociais participaram do evento.
A conferência teve como objetivo dialogar sobre a construção de uma sociedade mais justa, de um mundo melhor e mais equilibrado, no qual se desenha um novo papel para a mulher moderna
O tema do encontro, “Contribuindo para a erradicação da extrema pobreza”, faz parte das ações do Plano Brasil Sem Miséria, do Governo Federal, lançado em julho deste ano. A meta do plano será retirar os 16,2 milhões de brasileiros da extrema pobreza, e ajudar a diminuir a fome e a miséria no país, onde o mesmo prevê diversos benefícios específicos para as mulheres.

DIFERENÇAS


Os números comprovam o cenário marcado por preconceito vivido pelas mulheres. O primeiro relatório da ONU Mulheres, organização criada em janeiro deste ano, conclui que as mulheres ganham 30% a menos do que os homens.
No mundo, estima-se que 53% das mulheres estejam em empregos vulneráveis: situação de autoemprego, trabalho doméstico ou negócio familiar não remunerado, freqüentemente fora do alcance de qualquer tipo de legislação laboral.
No Brasil, a pobreza tem cara: ela é feminina, está ligada às mulheres. Quanto mais pobre a família, maior a chance de que ela seja chefiada por uma mulher. “Encarar essa realidade e discuti-la é um grande avanço na construção de políticas públicas. E este é o papel do Conselho Municipal da Mulher, encaminhar as demandas ao poder público. Queremos mudar essa realidade onde a mulher é a maior vítima”, enfatizou a presidente do Conselho, Fernanda Barsalobre.
Para o secretário de Participação Cidadã, Alex Lapenta, o debate para a transformação das minorias é indispensável. “Somos responsáveis por essa mudança. Essas reuniões só têm sua razão de ser, quando se objetiva a transformação da sociedade”, avaliou Lapenta.

CAPACIDADE


Mesmo dividindo o tempo entre afazeres domésticos, vida familiar e profissional as mulheres não deixam dúvidas da capacidade que têm. “O Brasil tem convivido com essa realidade diariamente sob o comando da presidente Dilma Roussef. Mas ainda assim somos a minoria que sofre os piores preconceitos”, disse a secretária Cidinha Lacerda.
A sensibilidade feminina também foi destacada. Para o  prefeito Cido Sério, os avanços que as mulheres tiveram nos últimos três séculos são significativos, mas ainda longe do ideal. “ Temos trabalhado para construir políticas publicas adequadas, promovidos debates para que não nos acomodemos na situação. A lógica é construir, ocupar, debater e transformar o espaço é assim que mudamos a sociedade”, afirmou o prefeito.

VIOLÊNCIA


“Viver sem violência é um grande desafio a todas”, com esse tema a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT- São Paulo, Sônia Auxiliadora Vasconcelos, abriu a conferência e exemplificou os tipos de violências sofridas pelas mulheres.
Dados de pesquisas recentes demonstram que 55% dos brasileiros conhecem casos de agressões familiares. A cada 15 segundos uma mulher é vítima de violência doméstica. No entanto as pesquisas têm comprovado o aumento no conhecimento da Lei Maria da Penha. “As pessoas conhecem  a Lei mas ainda esbarramos no receio de denunciar e na incredulidade na proteção jurídica. Precisamos romper essas barreiras e mudar essa realidade”, explicou Sônia.

PROPOSTAS

Os debates foram divididos em eixos que discutiram desde a saúde, ao espaço da mulher no poder. Foram escolhidas 20 propostas que serão levadas à Conferência Estadual da Mulher, que acontece no mês de setembro. Também foram eleitas as delegadas que representarão o município no encontro.

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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Mulheres atendidas pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) do bairro Umuarama receberam os certificados de conclusão do curso de manicure e pedicure.

A Prefeitura de Araçatuba, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), concluiu mais uma capacitação profissional voltada para a comunidade. Nesta quarta-feira (10), mulheres atendidas pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) do bairro Umuarama receberam os certificados de conclusão do curso de manicure e pedicure.
Ministrada pela empresa Kalu Cabeleireiros, a capacitação teve duração de 36 horas, com participação de 15 mulheres. As alunas fizeram o curso gratuitamente. Entre as pessoas presentes na entrega dos certificados estavam os secretários municipais Carlos Farias (Desenvolvimento Econômico e Relações do Trabalho) e Cidinha Lacerda (Assistência Social).

INSERÇÃO


Na oportunidade, Cidinha destacou que o curso foi mais um meio pelo qual a Administração Municipal procura ampliar as possibilidades de inserção de pessoas no mercado de trabalho.
“A proposta é permitir que as pessoas tenham mais chances de ocupar os espaços e, com isso, contribuir para que resgatem a dignidade e conquistem autonomia”, disse.

AUTOSUFIÊNCIA


O secretário Carlos Farias também destacou a questão da formação para a autossuficiência, dizendo que “as capacitações estão dentro do escopo das políticas do governo municipal” e que elas objetivam “elevar o ser humano”. Carlos Farias disse ainda que, com o conhecimento adquirido, as mulheres saem mais fortalecidas para os desafios do mercado de trabalho.
Ele ainda falou sobre o programa Microempreendedor Individual (MEI) e colocou a pasta da qual é secretário à disposição das recém-formadas. “Nós também temos um posto de atendimento do Banco do Povo aqui no CRAS e um profissional para auxiliar vocês sobre as possibilidades de financiamento”, disse.

EMOÇÃO


E a turma do curso de manicure e pedicure já tem suas empreendedoras. Uma delas é Severina Ferreira da Silva, 52 anos, moradora do bairro Alvorada. Na entrega de certificados ela se emocionou a ponto de chorar, fez questão de elogiar os gestores públicos da Prefeitura e disse que o curso despertou-lhe para a vida.
“O prefeito está abrindo espaço pra que a gente seja alguém na vida. Sempre que eu olhar para este certificado, vou lembrar daqueles que me deram essa oportunidade”, disse Severina. Ela afirmou que já vai começar a divulgação dos seus serviços. “Vou fazer cartões, a mão mesmo, e distribuir no bairro de casa em casa”.

OPORTUNIDADE


Outra que estava muito feliz é Maria Inês Borges, 48, moradora do bairro Água Branca II. “Eu estava esperando essa oportunidade (de fazer o curso de manicure e pedicure) e ela veio. É uma coisa que eu sempre gostei de fazer, isso pra mim é uma alegria muito grande”, disse a recém-formada, que já começou a exercer a atividade.
A professora do curso, Magali Leite Garcia, também se emocionou com a realização das mulheres. “A sensação é de dever cumprido. A gente fica com dor no coração porque acabou, mas felizes em saber que deixamos profissionais, pessoas excelentes que estão preparadas para trabalhar na área”, disse.
Também prestigiaram a cerimônia de entrega de certificados a diretora do Departamento de Proteção Social Básica da SMAS, Márcia Moreira Lavoyer, a coordenadora da Kalu, Marli Aparecida Bellintani, e a coordenadora do CRAS do Umuarama, Cíntia Lupifieri.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Protesto em SP pede mais rigor na Lei Maria da Penha

Agência Brasil

SÃO PAULO - Cerca de 150 pessoas ligadas a movimentos de defesa dos direitos das mulheres participaram, no início da tarde, de um protesto em frente ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) para pedir a criação de mais juizados especializados em violência doméstica e mais rigor na aplicação da Lei Maria da Penha, que criminaliza esse tipo de violência. As mais de 20 entidades que organizaram a manifestação escolheram a data em função do aniversário da lei, que completa cinco anos no próximo domingo (7).

“São Paulo é a maior cidade do país, com mais de 11 milhões de pessoas, e temos apenas um Juizado de Violência Doméstica que, além não ser suficiente para atender a demanda, não está constituído de acordo com a lei. Atende apenas a questões criminais e não presta os serviços de assistência psicossocial que a lei prevê”, explicou Amelinha Teles, militante de direitos humanos e coordenadora das Promotoras Legais Populares.

Na manifestação, parentes de vítimas de violência doméstica usaram o microfone para relatar as próprias experiências e ressaltar a importância da participação do Estado nessa causa. “Em São Paulo, apenas a Delegacia da Mulher do centro funciona 24 horas, as demais trabalham de segunda à sexta, até as 17h. Uma mulher agredida fora desse horário e que more longe do centro não tem a quem recorrer, pois as delegacias tradicionais não atendem a esse tipo de caso”, reclamou Maria Iraneide de Matos, militante do Promotoras Legais Populares. No protesto, correu um abaixo assinado que pede que todas as delegacias de atendimento à mulher fiquem abertas 24 horas.

Clara Charf, presidente da Associação Mulheres pela Paz, espera que a Justiça seja mais ágil no trato dos casos de violência doméstica e mais rigorosa com os agressores. “Não podemos aceitar a violência e temos os direitos garantidos por lei. Estamos aqui para exigir que o Judiciário faça o que tem que fazer e não deixe mais mulheres serem assassinadas”.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Lei Maria da Penha citada como exemplo em relatório da ONU

Brasil é lembrado por legislação sobre violência doméstica em pesquisa compilada pela ONU Mulheres, divulgada nesta quarta-feira.

Mulheres continuam atrás no acesso à justiça segundo a ONU
Eleutério Guevane, da rádio ONU em Nova York.*
A lei Maria da Penha sobre violência a mulheres foi citada num relatório da entidade ONU Mulheres, divulgado nesta quarta-feira, como exemplo de legislação no combate ao problema.
A pesquisa “Progresso das Mulheres do Mundo: Em Busca da Justiça” foi efetuada em 139 países para conferir o avanço de leis de proteção feminina. Segundo o estudo, apesar de sucessos, mulheres em todo o mundo continuam vivenciando injustiça, violência e desigualdades em casa e no trabalho.
Medidas
A diretora da ONU Mulheres e ex-presidente do Chile, Michele Bachelet, falou sobre as dificuldades em alguns países.
Para Bachelet, em muitos lugares, as mulheres continuam atrás no acesso à justiça. Ela explicou que em vários países há leis sobre violência doméstica, as suas condições no local do trabalho e cidadania. A ex-presidente contou que 50 países fazem diferença na idade minima para casamentos entre homens e mulheres.
Bachelet lembrou que as condições do relatório levam a uma tomada de decisão, uma vez que as mulheres são a metade da população mundial.
O estudo revela ainda que a África Subsaariana e os países desenvolvidos são as duas regiões com o maior número de mulheres na polícia.
*Apresentação: Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A justiça ainda está fora do alcance de milhões de mulheres, declara ONU Mulheres

06.07.2011
O informe da nova entidade da ONU para as mulheres convoca os governos a adotar medidas urgentes para erradicar as injustiças que mantém as mulheres na pobreza e com menos poder em relação aos homens em todos os países do mundo.
Nova York, 6 de julho de 2011 - A justiça segue inacessível para milhões de mulheres no mundo, adverte o primeiro relatório divulgado hoje pela ONU Mulheres. ‘O Progresso das Mulheres no Mundo: Em busca da Justiça’ é o primeiro documento da ONU Mulheres após o lançamento da entidade, no início de 2011. Além de reconhecer os avanços já alcançados, como por exemplo, o reconhecimento da igualdade de gênero nas constituições de 139 países, o relatório também mostra que, muitas vezes, as mulheres continuam vítimas da violência e das desigualdades em casa e no trabalho.
Para garantir que a justiça se torne uma realidade para todas as mulheres, a ONU Mulheres convoca os governos a:

• Revogar as leis que discriminam as mulheres e garantir uma legislação para protegê-las contra a violência e a desigualdade praticada no lar e no trabalho.
• Apoiar os serviços inovadores de justiça, incluindo centros de atendimento integral, assistência jurídica e judicial para assegurar o acesso das mulheres à justiça.
•Empregar mais mulheres em cargos de administração da justiça. Como policiais, juízas, legisladoras e ativistas, para que as mulheres de todas as regiões façam a diferença e provoquem mudanças.
• Investir em sistemas de justiça que possam responder às necessidades das mulheres. Os países doadores distribuem anualmente 4,2 bilhões de dólares em ajuda para reformas judiciais, mas apenas 5% desse total vai para as mulheres e meninas.
"Com metade da população mundial em jogo, as conclusões do relatório constituem um forte apelo à ação. As bases para a justiça para as mulheres estão baseadas em 1911, quando as mulheres tinham o direito de votar em apenas dois países, agora é quase universal. Mas a plena igualdade exige que as mulheres se tornem iguais aos homens iguais frente aos olhos da lei: em casa, na vida profissional e na esfera pública”, declarou Michelle Bachelet, Sub-Secretária Geral e Diretora-Executiva da ONU Mulheres.
As mulheres continuam a sofrer injustiças em casa, no trabalho e na vida pública, destaca O Progresso.
Muito já foi alcançado no último século nas esferas pública e privada. No entanto, a injustiça e a discriminação de gênero ainda são comuns em todo o mundo. Essa desigualdade pode ser observada nos seguintes dados:
Em casa• A violência doméstica agora está proibida em 125 países, embora 603 milhões de mulheres ainda vivem em países onde esta forma de violência não é considerada crime.
• Até 2011, pelo menos, 52 países haviam criminalizado a violação conjugal. No entanto, mais de 2,6 milhões de mulheres vivem em países onde essa forma de violência não foi explicitamente definida como crime.
• As leis baseadas no costume ou religião, que coexistem com as leis do Estado, muitas vezes restringem os direitos das mulheres na família, por exemplo, em relação ao casamento, divórcio ou ao direito de herdar propriedade.
No local de trabalho:• 117 países têm leis sobre igualdade de remuneração; entretanto, na prática, as mulheres ainda ganham até 30% menos que os homens em alguns países. As mulheres também realizam uma quantidade maior de trabalho doméstico e não remunerado em todas as regiões.
• No mundo, 53% das mulheres trabalhadoras (600 milhões no total) estão em empregos precários, como o trabalho autônomo ou não remunerado em empresas familiares. Geralmente, elas não têm a proteção das leis trabalhistas.
Na vida política e pública:• Existem fortes evidências que em países como Ruanda, Nepal e Espanha uma maior presença feminina no parlamento acelera as reformas para os direitos das mulheres. Contudo, a proporção de mulheres nesses espaços ainda é inferior a 30% na maioria dos países.
O relatório assinala que as leis, quando empregadas adequadamente, estabelecem as bases para a mudança de atitudes e da situação da mulher na sociedade.
Segundo o relatório, foram registrados progressos graças aos esforços dos indivíduos, da sociedade civil e dos governos para o empoderamento econômico e político das mulheres.
Mudanças nas legislações, incluindo as garantias de igualdade de remuneração e a adoção de cotas parlamentares, garantem que as mulheres conheçam seus direitos e possam exigi-los. Outros casos históricos que têm acelerado a reforma de leis e mudança de atitudes são:
• O caso da brasileira Maria da Penha, que ficou paraplégica após a tentativa de eletrocução feita pelo marido. Ela levou recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos, o que resultou na adoção de uma legislação mais forte no Brasil contra a violência doméstica, simbolicamente chamada de Lei Maria da Penha.
• O caso Unity Dow, de uma juíza de Botsuana, que pediu autorização para transmitir sua cidadania aos filhos, cujo pai era estrangeiro. Unity ganhou a ação e, desde então, pelo menos 20 países africanos reformularam suas leis para permitir que mulheres passem suas cidadanias para seus filhos
Mas a reforma legal é apenas um começo, diz O Progresso, as leis devem ser implementadas para resultar em verdadeira igualdade.
Em síntese, o relatório conclui que muitas vezes as leis não são cumpridas corretamente. Muitas mulheres têm medo de denunciar os crimes devido ao estigma social e à fragilidade dos sistemas judiciais. Os custos dos processos judiciais e as dificuldades, como a distância física dos fóruns e tribunais, podem representar desafios para as mulheres quando buscam a justiça. Os resultados destas questões estão evidenciados nas altas taxas de desistência em processos relacionados à violência de gênero.
O Progresso aponta que, atualmente, muitos governos estão adotando medidas práticas para tornar a justiça mais acessível para as mulheres, enquanto outros países deveriam usá-las como exemplo, afirma O Progresso.

Algumas formas de acesso aberto à justiça:• Investir em centros de atendimento integral, que integram os serviços jurídicos, legais e de saúde, para reduzir o número de passos que uma mulher deve seguir para acessar à justiça, como acontece na África do Sul.
• Empregar mais mulheres nos cargos de oficiais de polícia, como acontece na América Latina onde as delegacias especializadas têm registrado um aumento expressivo nas notificações de violência doméstica.
• Oferecer assistência jurídica e capacitação para as mulheres, como em países tão diversos como Paquistão, México, Ilhas Fiji e Quirguistão, a fim de assegurar que elas conheçam seus direitos e possam fazer melhor uso dos sistemas judiciais.
• Criar tribunais especializados, como os tribunais móveis na República Democrática do Congo, para levar a justiça para as mulheres que vivem em áreas rurais, onde os níveis de violência sexual são muito elevados.
O Progresso das Mulheres no Mundo: Em Busca da Justiça conclui que mudar as leis e oferecer mais apoio para as mulheres no acesso à justiça pode provocar consideráveis mudanças na sociedade e garantir que as mulheres e homens desfrutem de uma igualdade real no futuro.
NOTAS DOS EDITORES:A ONU Mulheres é a organização da ONU dedicada à promoção da igualdade de gênero e ao empoderamento das mulheres. Como uma defensora global das mulheres e meninas, a ONU Mulheres foi criada para acelerar o progresso e atender suas necessidades em todo o mundo. Para mais informações, visite www.onumujeres.org.
‘O Progresso das Mulheres no Mundo: Em Busca da Justiça’ é o primeiro relatório global da ONU Mulheres. Oferece uma revisão integral e global sobre os direitos jurídicos das mulheres em todo o mundo em relação a temas que vão desde a violência doméstica, igualdade salarial até a representação política e o acesso à justiça nas situações de pós-conflito.
Para ler o relatório completo, visite o hotsite: http://progress.unwomen.org

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Maior escolaridade não se traduz em salário melhor

Publicado em 20-Jul-2011
Cientista social reafirma necessidade de reforma política...
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Angélica Fernandes
A reforma política é crucial para ampliar a representação feminina em espaços de poder e no Parlamento. É o que afirma Angélica Fernandes, mestre e doutoranda em ciências sociais pela PUC-SP e Secretária Nacional de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo federal. Fomos ouvi-la sobre a questão da sub-representação das mulheres no Brasil, a propósito do Anuário das Mulheres Brasileiras – levantamento feito pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), divulgado este mês. Para ela, o levantamento é um valioso instrumento para a formulação de políticas públicas nas três esferas de poder. E revela um quadro que deve ser alvo, ainda, dos movimentos sindicais e sociais.

O que o relatório apresenta de novo?


[Angélica Fernandes] As mulheres são a maioria na sociedade – ou 98 milhões da população, enquanto os homens são 93 milhões. Apesar disso, ainda enfrentam condições econômicas, políticas, sociais e culturais piores que a dos homens. Hoje, sem desmerecer, nossos índices são correlatos aos da África. No entanto, temos uma diferença significativa: somos a 7ª., caminhando para ser a 5ª., economia do mundo. Se queremos combater a desigualdade econômica, temos que acabar com a desigualdade de gênero. Quando o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) abre espaço e coloca seu nome para consolidar o estudo, isso tem um peso importante. O departamento é reconhecido no campo da pesquisa.

As mulheres recebem, em média, apenas 70% da remuneração dos homens, mesmo tendo um ano a mais de escolaridade, em média. Ou seja, essa escolaridade não está se traduzindo em melhores salários. Além disso, somos sub-representadas nos espaços de poder. O Anuário coloca os reais avanços e aponta o que ainda deve ser feito. É verdade que temos uma presidente mulher, mas nossa representação no parlamento ainda está muito aquém do que representamos na sociedade. Outro problema colocado é o da violência, que é algo que está presente e muito real na sociedade.

Pelos dados, o que se pode inferir da condição da mulher no mercado de trabalho?

[Angélica] Nós ainda somos responsáveis pelo trabalho doméstico. Há 20 anos dedicávamos 32 horas por semana ao trabalho doméstico, hoje diminuímos muito pouco, para 28 horas. Em comparação, os homens gastam, em média, 10 horas com essa atividade. Isso porque entre os serviços elencados por eles como domésticos estão lavar o carro, buscar o filho na escola e afins.

De que natureza seriam as políticas públicas formuladas e implantadas a partir do diagnóstico do Anuário?

[Angélica] É importante colocar que o Anuário é uma base para os governos federal, estaduais e municipais possam enfrentar a desigualdade. Por exemplo, dele se infere que é preciso mais equipamentos públicos que desonerem o tempo do trabalho doméstico, como creches. Há um cenário, hoje, em que a diferença entre gêneros se transformou em desigualdade e isso nós devemos combater.

O estudo possibilita ações do Estado brasileiro. Além disso, aponta tarefas, também, para os movimentos sociais. No caso da questão central do trabalho, a superação da desigualdade passa pela igualdade de salário e de condições de trabalho para homens e mulheres. Essa deve ser uma agenda central para o movimento sindical, deve constar nas suas reivindicações. É preciso que a sociedade brasileira entenda que também é seu papel e que deve se envolver para acabar com as desigualdades.
Além de ter chances desiguais no mercado de trabalho, em casa a mulher também enfrenta a violência doméstica...
[Angélica] O tema do enfrentamento da violência contra mulher é, sem dúvida, importante como vemos no estudo. Mas, é crucial que as mulheres possam ter autonomia econômico-financeira e salários equiparados ao dos homens. As mulheres alcançando isso, dificilmente se submeterão à situação de violência e abuso.

Como você avalia o crescimento da participação feminina no governo Dilma e como isso pode aumentar?

[Angélica] O governo Lula foi um marco na política para as mulheres brasileiras. Não só por, a partir dele, termos mulheres ministras, mas pela criação da Secretária de Políticas para as Mulheres (SPM) com status de ministério. Tivemos a ousadia de colocar as mulheres em postos importantes. Não é por acaso que a sucessora do governo Lula é uma mulher. Na época, ao colocar Dilma em um ministério importante, criaram-se condições para que ela conquistasse um espaço destacado. E, para, hoje, a termos como presidenta. A Dilma sendo presidente possibilita mais mulheres em espaços de destaque e de relevância. Desmistifica o papel das mulheres em postos de comando, porque mostra que as mulheres podem e têm capacidade de ocupar cargos de chefia.

Mas o que fazer para aumentar o espaço da mulher em outras esferas mais conservadoras, como, por exemplo, o Parlamento?

[Angélica] A Reforma política é um debate importantíssimo para as mulheres, inclusive para aumentar a nossa presença no Parlamento. Ela deve servir para melhorar a condição e a participação das mulheres no Congresso Nacional, assembléias estaduais, câmaras municipais e nos governo das três esferas.

Nosso desafio é que as políticas federais sejam reproduzidas nos estados e municípios, e que isso crie novos paradigmas na sociedade de que as mulheres podem comandar.
Foto: twitter Angélica Fernandes.

Quase a metade das agressões às mulheres se dá em casa - Blog do Zé Dirceu

     
Publicado em 19-Jul-2011

Denúncias se multiplicaram após a Lei Maria da Penha...Em 2009, 43,1% das mulheres agredidas foram vítimas de violência doméstica, frente a 12,3% de homens. Pior: 25,9% das agressões às mulheres têm o cônjuge ou o ex-cônjuge como autor e, em 32,2% dos casos, elas foram atacadas por pessoas conhecidas. A região Nordeste lidera o ranking da violência doméstica contra a mulher, com 47% de mulheres agredidas em casa, seguida do Centro-Oeste com 45,2%, Norte com 43,4%, Sudeste com 40,6% e, por fim, região Sul com 39,7% dos casos.

As informações constam do Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, um rico levantamento coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), divulgado este mês (leia mais neste blog).

Apesar do quadro ainda ser trágico, há indícios positivos. Dados do estudo comprovam que, após a aprovação da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), as mulheres se sentiram mais seguras para denunciar seus agressores. Em 2006, ano da promulgação da lei, ainda eram registrados apenas 46.423 atendimentos junto à Central de Atendimento à Mulher. Desde então, este número se multiplicou 15 vezes, chegando, em 2010, a 734.416 atendimentos.

Maior segurança para dar queixa

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Laisy Moriere
“Os casos de violência não aumentaram", avalia a socióloga Laisy Moriere, Secretária Nacional de Mulheres do PT. "O aumento de casos registrados, na verdade, comprova que a Lei Maria da Penha propiciou mais segurança para as mulheres agredidas”, afirma. Este e outros mecanismos têm dado maior segurança às mulheres, incentivando-as a fazer a denúncia das agressões sofridas. Laisy aponta outra questão importante revelada na pesquisa: a maioria das agressões são feitas em casa pelo marido, namorado, pai e familiares próximos...

De acordo com o estudo, entre os crimes relatados pelas vítimas, 58,8% são de violência física; 25,3%, de violência psicológica. A violência sexual, um tabu difícil de ser admitido nas famílias, aparece com 2,1% dos casos denunciados.

Diante deste cenário Laisy defende que o estado deve se focar em políticas públicas direcionadas ao combate da violência contra as mulheres. “Isso passa por reconhecer que existe esta situação de violência e entender a resolução da questão como estratégica", defende a socióloga.

Resistência à Lei

Para Secretária Nacional de Mulheres do PT, a Lei Maria da Penha foi um importante um ponto de partida. “Mas a lei não está totalmente implantada”, ressalva. Prova disto residiria na resistência no Judiciário e na polícia para o encaminhamento dos casos de agressões domésticas. “Eles são vistos como de foro íntimo. Ainda está muito forte em nossa sociedade a concepção de que ‘em briga de marido e mulher, não se mete a colher’”.

Na concepção da socióloga, políticas públicas - integradas e transversais - devem ser garantidas para enfrentar a situação. Laisy ressalta que é preciso entender a violência contra a mulher como um problema social. E cobra a ampliação da rede de proteção à mulher, assim como a garantia de um sistema que funcione de forma articulada. “Isso, sem mencionar a importância de se fazer com que os aparelhos judiciário e policial mudem suas visões sobre a lei”, conclui a socióloga.

Mulheres continuam sub-representadas no Brasil

   
Publicado em 20-Jul-2011
Em 2010, 9 em cada 10 deputados federais eram homens...
 
As mulheres recebem remuneração menor que a dos homens; exercem, em sua maioria, atividades de menor relevância social e são apenas 21,4% dos ocupantes em postos de chefia. No entanto, detêm maior escolaridade e têm forte presença no mercado de trabalho. É o que detalha o Anuário das Mulheres Brasileiras – levantamento feito pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), divulgado este mês.

A importância do estudo nos leva a publicar uma série de posts neste blog. Para se ter uma ideia, apesar de as mulheres serem 51,5% dos titulados com doutorado e 58,6% dos pesquisadores no país - de até 24 anos -, em 2011, elas são reitoras em apenas 13,8% das universidades federais e 12,2% de Institutos Federais de Educação Tecnológica (IFETs), Universidades Tecnológicas Federais (UTFPR) e Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFETs). As mulheres são predominantes, ainda, entre os concluintes dos cursos de graduação, nas áreas de Educação e Saúde e Bem Estar Social - 22,6%, frente 11,4% de homens e 21,1%, frente a 10,3%, respectivamente.

Reforma política

O anuário apresenta dados sobre o crescimento da presença das mulheres na política, principalmente na gestão da presidenta Dilma. Entre 2003 e 2006, a presença das mulheres na política representava 10,7%, enquanto os homens estavam em 90% dos cargos. Gradualmente, no entanto, a presença feminina passou de 14,8%, em 2007, para 27% em 2011. No Parlamento, contudo, ainda há grande disparidade e pouco avanço: de 2002 a 2010, a representação dos homens se manteve estável em 85,2%, frente a 14,8% de mulheres senadoras. O mesmo aconteceu na Câmara dos Deputados Federal, onde 91,8% dos deputados são homens.
Confira no post abaixo uma entrevista com Angélica Fernandes, mestre e doutoranda em ciências sociais pela PUC-SP e Secretária Nacional de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Políticas para as Mulheres do governo federal sobre a questão da sub-representação das mulheres no Brasil.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Anuário das Mulheres Brasileiras 2011

Publicado em 15-Jul-2011
ImageJá está disponível para o público a mais completa compilação de dados estatísticos e informações disponíveis sobre a situação da mulher brasileira, sua presença no mercado de trabalho, no poder, em relação à saúde e sobre a violência de que ela, infelizmente, ainda é vítima em nosso país. O trabalho está no Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, levantamento coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).
ImageJá está disponível para o público a mais completa compilação de dados estatísticos e informações disponíveis sobre a situação da mulher brasileira, sua presença no mercado de trabalho, no poder, em relação à saúde e sobre a violência de que ela, infelizmente, ainda é vítima em nosso país.

O trabalho está no
Anuário das Mulheres Brasileiras 2011, levantamento coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência da República e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE).

O levantamento foi feito exatamente para servir de fonte, orientar e subsidiar os governos federal, estaduais e municipais na aplicação de políticas públicas relacionadas a este que é o mais numeroso segmento da nossa população, com mais de 50% dos 190.732.694 de brasileiros, conforme o censo de 2010 do IBGE.


Os dados que mais chamam a atenção na pesquisa
No estudo, os dados que mais chamam a atenção estão relacionados à presença - ou à ausência - da mulher no poder, à violência de que é vítima e às condições vividas por ela no mundo do trabalho. Vejam, as mulheres compõem 51,3% da população brasileira, mas apenas 21,4% ocupam cargos de chefia nas empresas. Isso a despeito de, em segmentos importantes, serem a maioria dos empregados. Já somam 51,7% dos trabalhadores em áreas administrativas, 61,6%, em relações públicas, e 72,2 %, na área de recursos humanos.

Em 2001, apenas 10 sindicatos no Brasil eram presididos por mulheres. Dos 16.421.386 de trabalhadores sindicalizados, em 2009, elas constituíam bem menos que a metade: 6.552.160, o que corresponde a apenas 39,9% destes trabalhadores.

Na faixa dos 20 aos 39 anos da população economicamente ativa, as mulheres já são maioria. Compõem 51% do segmento, concentrando-se de sobremaneira nos setores de comércio e de reparação, 16,8%; Educação, Saúde e Serviços sociais, 16,7%; e 17% em serviços domésticos. E o que já se sabia, foi confirmado pelas estatísticas: elas ainda são o maior contingente entre trabalhadores não remunerados no país.


Disparidades ainda maiores em relaçao às mulheres negras


O levantamento SPM-DIEESE revela que essa disparidade é ainda maior quando os dados comparativos levam em conta as mulheres negras. Entre os trabalhadores com carteira assinada, as mulheres são apenas 41,1% - e entre as deste percentual, apenas 56% das mulheres negras têm registro, contra 70% de não-negras registradas.

As mulheres negras recebem, em média, apenas 1/3 do salário de homens de outras raças, enquanto que as mulheres não-negras recebem 2/3 do que eles recebem (leiam, também, o post abaixo).
Foto: Secretaria de Políticas para Mulheres

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Centro de Referência dá apoio às mulheres

Desde 2010, o Centro de Referência da Mulher (CRM) realiza um trabalho intenso que visa a valorização e os cuidados com as araçatubenses. Desde que foi instituída, a equipe do CRM trabalha para encorajar as mulheres a denunciar qualquer tipo de ato de violência para que os agressores não fiquem sem punição. O atendimento é feito para mulheres maiores de 18 anos e por meio de acompanhamento interdisciplinar, com duas psicólogas, duas assistentes sociais e um advogado.
O CRM também faz um trabalho de divulgação da Lei 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, que assegura os direitos das mulheres vítimas de violência. A instituição realiza todas as atividades, integradas a muitas outras entidades e órgãos, como a Delegacia de Defesa da Mulher.
Além disso, também são promovidas, campanhas e palestras, com objetivo de orientar e informar a mulher de forma contínua, para que cada vez mais vítimas se manifestem sobre a violência que sofreram e fazendo valer seus direitos, e fortalecendo a auto-estima da mulher, para que esta busque sua emancipação e se valorize.
TROCA DE EXPERIÊNCIAS
Na instituição, também são realizados oficinas para a troca de experiências entre as atendidas a fim de ajudar na superação das adversidades e encorajamento de uma com as outras. Os atendimentos efetuados no CRM são sigilosos. Os profissionais do Centro afirmam que a violência contra a mulher não é exclusivamente de nenhuma classe social e que, na maioria dos casos, o ato é praticado por companheiros e maridos.
Após o atendimento inicial, muitas mulheres são encaminhadas para equipamentos sociais do município, como os CRAS (Centro de Referência em Assistência Social), ou para atendimento em órgãos especializados que são parceiros do CRM, como faculdades de psicologia e o Ambulatório Municipal de Saúde Mental.
HISTÓRICO
A origem dos CRMs remonta aos movimentos feministas da década de 1960, auge da luta pelos direitos das mulheres na sociedade e do combate à violência. Ao longo dos anos, essa violência ganhou múltiplos significados, abrangendo os episódios mais cruéis, como o estupro, assassinato e tortura, até as formas mais sutis que ocorrem na vida cotidiana das mulheres, seja dentro das famílias, nas empresas, ou em situações públicas.
A implantação deste importante órgão, inédito em Araçatuba, foi uma vontade do prefeito Cido Sério. “Nosso principal objetivo é valorizar o ser humano e para isto precisamos colocar à disposição da comunidade todos os órgãos de acolhimento possíveis. O CRM é um dos mais importantes, pois ele trata de uma situação delicada, que é a mulher vítima de violência. E agora as mulheres que sofrem com este problema têm um local especializado para atendê-las e, além do serviço técnico, encontrarão apoio sentimental, o que muitas vezes é o que elas mais precisam”, enfatiza o prefeito.
SERVIÇO:
O CRM funciona da rua Professora Chiquita Fernandes, número 615, no bairro Vila Bandeirantes. O telefone para contato é o (18) 3608-4452 ou basta discar no disque-denúncia 180. O órgão fica aberto de segunda a sexta-feira, das 08h às 17h.
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Secretaria de Comunicação Social – SMCS
Prefeitura Municipal de Araçatuba – PMA
(18) 3607-6611
www.aracatuba.sp.gov.br